quarta-feira, 10 de novembro de 2010

analise kantiana

Senai Cetqit
Alunas: Aimée de Oliveira – www.sobrestetica.tumblr.com
               Raíssa Bartoli   – WWW.muitomaisestetica.blogspot.com/

É só um jogo
No desfile de Primavera/Verão de 2005, Alexander Mcqueen, mais uma vez nos surpreendeu com uma incrível performance da sua coleção nas passarelas. Tudo começa, aparentemente como um “desfile normal”, onde os looks são apresentados em grupos de tonalidades. Porém, ao invés das modelos saírem da passarela como o usual, elas param em filas que são formadas por toda a extensão do espaço.
Como não sabemos o que vai acontecer, ficamos na expectativa, procurando um fim para as rígidas posições que as modelos assumem na passarela, no entanto, sem ainda reconhecer o que vai acontecer ali, temos tempo para contemplar o que no é apresentando. Formando assim nossos juízos sobre a coleção, que neste momento, sem as amarras dos conceitos, são meramente sensoriais, ou seja, ficam detidos entre o juízo sobre o agradável e juízo estético.
Entretanto, isso muda quando após todos os looks serem apresentados e a luz ser apagada. Começa uma nova parte do desfile, onde há luzes pretas e brancas por todo o chão da passarela, aí entra o juízo de conhecimento: “É um tabuleiro de damas, ou xadrez” você pensa consigo mesmo. E a partir das disposições e movimentos das modelos, concluímos que é um jogo de xadrez.
Agora temos um fim especifico para aquele desfile, e a partir disso começamos a criar novos conceitos sobre as roupas que nos foram apresentadas. As roupas mais imponentes estão nas extremidades da passarela (ou tabuleiro), exatamente como as peças mais poderosas do jogo de xadrez. As modelos do centro saem primeiro da passarela, do mesmo modo que geralmente acontece com os peões no jogo.
O desfile se torna um típico exemplo de beleza interessada, onde os conceitos do jogo penetram na apresentação dos looks, as modelos viraram peças de xadrez, e você quer saber quem vai ganhar. Ao acontecer o check-mate, todas as peças reaparecem, agora em forma de desfile. E aí você percebe que foi só um jogo e desfile continua até chegar seu fim.

videos da coleção
http://www.youtube.com/watch?v=sAAIaOGQ-4M&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=M5gY5DXrb48&feature=player_embedded 

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A Estética

Estética
O significado da beleza e a natureza da arte têm sido objeto da reflexão de numerosos autores desde as origens do pensamento filosófico, mas somente a partir do século XVIII, com a obra de Kant, a estética começou a configurar-se como disciplina filosófica independente.
Ciência da criação artística, do belo, ou filosofia da arte, a estética tem como temas principais a gênese da criação artística e da obra poética, a análise da linguagem artística, a conceituação dos valores estéticos, as relações entre forma e conteúdo, a função da arte na vida humana e a influência da técnica na expressão artística. Os primeiros teóricos da estética foram os gregos, mas como "ciência do belo" a palavra aparece pela primeira vez no título da obra do filósofo alemão Alexander Gottlieb Baumgarten, Æesthetica (1750-1758). A partir dessa obra, o conceito de estética restringiu-se progressivamente até chegar a referir-se à reflexão e à pesquisa sobre os problemas da criação e da percepção estética.
Antiguidade ClássicaA arte, objeto mais geral da estética, tem sido considerada de maneira distinta segundo as épocas e os filósofos que dela se ocuparam. Na antiguidade, o problema do belo foi tratado por Platão, Aristóteles e Plotino. No diálogo Hípias maior, Platão procura definir o belo em si, a idéia geral ou universal da beleza. No Banquete e no Fedro, o problema da beleza é proposto em função do problema do amor. Por meio de imagens sensíveis, da cópia ou imitação da Idéia, e no delírio erótico, somos possuídos pelo deus, o que leva à reminiscência e à visão da realidade absoluta da beleza inteligível.
Na República, Platão sacrifica a estética à ética: critica os poetas que atribuem aos deuses fraquezas e paixões próprias dos mortais e acrescenta a essa crítica outra de ordem metafísica: a arte não passa de imitação da aparência, ou seja, é cópia de um objeto sensível, que, por sua vez, já é cópia, e imperfeita, da Idéia. Assim, a arte produz apenas a ilusão da realidade.
Nas reflexões de Aristóteles sobre a arte (imitação da natureza e da vida, mimesis), dominam as idéias de limite, ordem e simetria. Sua Poética aplica esses princípios à poesia, à comédia, à epopéia e afirma que "o Belo tem por condição certa a grandeza e a ordem". Plotino, seguindo a inspiração platônica, indaga nas Enéadas se a beleza dos seres consiste na simetria e na medida, pois tais critérios convêm apenas à beleza física, plástica, indevidamente confundida com a beleza intelectual e moral. O próprio ser físico, sensível, só é belo na medida que é formado por uma idéia que ordena e combina as múltiplas partes de que o ser é feito.
EscolásticaA filosofia medieval inspirou-se no idealismo de Platão e no realismo de Aristóteles. Para os escolásticos, a arte é uma virtude do intelecto prático, um hábito de ordem intelectual que consiste em imprimir uma idéia a determinada matéria. Santo Tomás de Aquino definia a beleza como "aquilo cuja visão agrada", cujos requisitos são a proporção ou harmonia, a integridade ou unidade e a clareza ou luminosidade.

Análise do Objeto

ANÁLISE ESTÉTICA
Bolsa Chanel

Para Aristóteles:
No conceito de grandeza não se pode considerar a bolsa como bela, por se tratar de uma bolsa pequena. Apesar de possuir uma proporção bem definida entre as partes, e ser harmônica, o que para ele é considerado Belo, a bolsa só pode ser designada Graciosa, pois não apresenta as três características fundamentais da Beleza.
Para Platão:
De principio a bolsa não pode ser considerada totalmente bela já que é algo feito pelo homem e está no mundo real. Para ele, a Beleza que é percebida pelo homem é apenas reflexo da Beleza Absoluta e nunca será total. Contudo, isso não impede que a beleza da bolsa seja percebida pelo homem já que tudo que inclui o bem, a beleza e a verdade, pode ser considerado belo. Se um ser ou objeto não tiver um destes itens já deixa de ser Belo. Na bolsa, o Bem pode ser considerado pela proporção existente na bolsa, a Beleza por ser clássica e a Verdade por ser uma bolsa original da marca Chanel.
Dupla: Aimee Oliveira
           Raíssa Paixão

resumo kant e hegel

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Uma experiencia sensorial

Partes do Corpo Humando feitas de Pão – Cabeça de Pão, Perna de Pão, Braços de Pão

Eu não sei se teria coragem de comer um pão em formato de corpo humano. O artista por trás dos corpos é Kittiwat Unarrom, ele tem uma padaria cheia de pernas, braços, cabeças feitas de pão.


Crítica Bárbara Heliodora

O despertar da primavera: Botelho e Möeller integram texto, ação e canções em musical que mostra evolução do gênero no país

Por Barbara Heliodora (O Globo)

Recusando o caminho do clone e confiando em tudo o que aprenderam no caminho já percorrido, Charles Möeller e Cláudio Botelho apresentam um belíssimo espetáculo de “O despertar da primavera”, enquanto que, ao transformar a obra de Wedekind em musical, Duncan Sheik e Steven Sater mostram que a única forma dramática criada nos Estados Unidos atingiu sua maioridade. Para os brasileiros, que só viram uma meia dúzia de exemplos da forma, o uso do musical para tema tão sério e forte quanto o de Wedekind pode ser uma surpresa, porém a forma já tem muitas décadas de vida, e desde o “Carousel”, de Rodgers e Hammerstein, em 1945, por exemplo, vem se aventurando como linguagem apta a enfrentar temas sérios. Nesse “Despertar”, a integração de ação, texto e música é total, com as canções substituindo parte do diálogo para fazer, efetivamente, caminhar a ação.

Para os que pensam no século XX como todo ele uma época de liberação sexual, é bom lembrar que Frank Wedekind escreveu sua peça em 1906, e que esta só foi apresentada pela primeira vez sem censura, na Inglaterra, em 1974. E, para os que julgarem talvez exagerado o número de problemas e conflitos apresentados, é bom lembrar que essa era a intenção de Wedekind.

Como se torna óbvio se pensarmos em termos de toda uma comunidade de alunos. A força do texto de Wedekind, a riqueza imaginativa dos jovens contrastada com a limitada e falsa rigidez de seus pais e professores foram muito bem exploradas por Sheik e Sater, assim como pela encenação carioca.

A encenação é primorosa: o espaço concebido por Rogério Falcão, que permite localização e movimentação do grande elenco com eventuais riquezas visuais, está belamente iluminado por Paulo César Medeiros. Com a única exceção do último figurino de Ilse, os figurinos de Marcelo Pies são também de primeira categoria, enquanto Marcelo Claret alcança grande equilíbrio em seu desenho do som. A coreografia de Alonso Barros encontra o tom do despertar de que fala a peça, misturando alegria e indisciplina na medida certa. A direção musical de Marcelo Castro é impecável, e toda a parte musical do espetáculo é da melhor qualidade, com a preparação vocal de Ester Elias tendo alcançado resultado surpreendente.

Conjunto fantástico enche o palco de força vital

A direção de Charles Möeller e a tradução e a supervisão de Cláudio Botelho estão no mesmo alto nível de seus melhores trabalhos, e merecem os dois maiores aplausos por não aceitarem a ideia de apenas clonar o espetáculo americano.

A atuação do elenco de jovens é surpreendente, e, como é justo que seja no “Despertar da primavera”, sua força conjunta derrota a força totalitária dos adultos competentemente interpretados por Carlos Gregório e Débora Olivieri.

Letícia Colin, Thiago Amaral, Laura Lobo, Felipe de Carolis, Julia Bernat, Estrela Blanco, André Loddi, Bruno Sigrist, Pedro Sol, Danilo Timm, Thiago Marinho, Davi Guilherme, Lua Blanco, Eline Porto, Alice Motta, Mariah Viamonte, em conjunto e individualmente, enchem o palco de força vital e formam um conjunto fantástico de interpretação, dança e canto. Nos papéis principais, Rodrigo Pandolfo apresenta um trabalho comovente como o infeliz Moritz, Malu Rodrigues transmite bem a angústia de sua descoberta, e Pierre Baitelli transmite bem a posição do líder rebelde que paga um alto preço por suas convicções.

Se o “Despertar da primavera” é a maioridade do musical americano, a montagem carioca é a prova da maturidade de nosso teatro, pois o espetáculo é tão bom quanto emocionante.

* Publicada originalmente no Jornal O Globo em 27/08/09.

tabela - Mueck e Degas e crítica

FormasCoresConfiguraçãoTexturas MateriasNormasTemas
arredondadaspretosimetrialisaFibra de vidrorealismopessoas do cotidiano
proporção exageradamarromlinearidadecrespa fibra acrílica clarezamulheres nuas
begesilicone
cinza tecido
RON MUECKespuma de poliuretano
FormasCoresConfiguraçãoTexturas MateriasNormasTemas
irregularmarromsimetriatrajes drapeadosceraartificialbailarinas
angulações incomunscremelinearidadebronzecavalos
cortes inovadores
laranja pálidocola animalfábricas de algodão
rosasuporte de madeiraretratos de famílias
DEGAStecidos:tule, cetim
RON MUECK
DEGAS






Crítica
A presença e a ausência dos valores estéticos clássicos nas esculturas de Edgar Degas e Ron Mueck
Os valores estéticos clássicos até hoje usados, são de extrema importância na historia da humanidade, foi o marco estabelecido, porém esses valores deixaram já de serem os mais usados.
Comparando duas esculturas e sua indumentária, podemos ver o quão parecidos e diferentes são os elementos presentes nestas com as da antiguidade clássica Greco-romana, bem como a fundamentação teórica platônica (Belo+Bom+Verdadeiro) e aristotélica (Belo=Proporção+Harmonia+Grandeza). Na teoria platônica temos a Beleza como harmonia e proporção das partes, Beleza das formas geométricas, baseada em uma concepção matemática do universo(derivada de Pitágoras) e a Beleza como esplendor.
 
  A primeira é uma escultura impressionista feita pelo artista Edgar Degas, que é universalmente reconhecido como o grande Mestre das figuras em movimento, um hábil desenhista e um grande inovador na arte do retrato. Entre 1879-1881, Degas trabalhou na escultura da Pequena Bailarina de 14 anos, uma escultura que provocou imensa polemica, sendo considerada uma obra que rompia com a arte do seu tempo. Apesar de ser considerado um artista impressionista, Degas se auto definiu como ‘realista’, ele nunca quis destacar-se totalmente do passado e o seu empenho artístico foi sempre voltado para conciliar o "velho" e o "novo”.A segunda é A mulher sentada(Seated Woman)de Ron Mueck, um artista hiper-realista, que choca o mundo com suas obras que se não fossem pelos tamanhos facilmente seriam confundidas com pessoas. Ele usa de uma abrangência muito grande de detalhes, reproduzindo fielmente os detalhes do corpo humano, tornando a obra mais detalhada do que uma fotografia ou do que a própria realidade. a obra foi feita em 2000.
        Em uma época em que as obras consideradas belas eram feitas em bronze e dentro dos padrões de proporcionalidade, Degas se diferenciou fazendo a bailarina de 14 anos de cera e suporte de madeira a vestimenta da bailarina é basicamente um cetim de cor neutra – um tipo de bege e um corselet num tom de verde, cores essas que também eram bastante usadas na Antiguidade Clássica. Com quase 1 metro de altura, sendo maior que uma boneca e bem menor que uma jovem de 14 anos, predominantemente da cor marrom, apresenta traços  totalmente inovadores, com empaginações descentradas, com angulações incomuns. A obra tem as mãos levemente cruzadas atrás do corpo e pernas afastadas na vertical, era possível ver as marcas de dentadas, instrumentos de modelagem assim como as impressões digitais de Degas,impressas na escultura que só desapareceram quando foi feita a reforma da obra, passada para o bronze anos depois.

E mesmo a obra de Degas sendo inovadora, carrega em si alguns conceitos bem antigos, originários na Grécia Antiga. O tema em si da sua escultura – a bailarina, tem muito a ver com os Atletas gregos. Assim como as cores e a perspectiva.

  Já a obra de Ron Mueck ‘A mulher sentada’, ele usa de materiais inusitados como fibra de vidro, silicone, espuma de poliuretano, tecido e fibra acrílica. Com a fibra de vidro, Mueck fez sua bronze e mármore desde então. A escultura é basicamente uma mulher idosa sentada,vestida com uma saia de comprimento abaixo do joelho de cor cinza, um colar de perolas, uma blusa de lã marrom e por cima um casaco preto, ela usa sapato de couro preto e tem as mãos dadas diante do corpo, os olhos estão  quase fechados. A obra é muito bem representada, nos mínimos detalhes, sendo vista por qualquer ângulo com perfeição, porém o tamanho é distorcido, a altura da escultura é a metade do que seria o tamanho real.
 Comparando a escultura ‘impressionista’ de Degas e a escultura hiper-realista de Ron Mueck com a tabela de segmentos clássicos que tinha na proporção e na harmonia sua base, podemos observar que a primeira obra foge das formas propostas na antiguidade clássica, quando apresenta ângulos distorcidos, cortes inovadores e é uma escultura irregular,pois as formas clássicas eram basicamente geométricas, mas o artista também segue dos estilos clássicos quando usa da simetria e da linearidade e do drapeado como uma das texturas. Já a mulher sentada, segue a risca a aparência do ser humano, com cada imperfeição sendo representada, porém a distorção do tamanho a difere das características clássicas, a textura lisa de partes da obra pode ser comparada com a usada nos clássicos. As cores são compatíveis com as usadas anteriormente. E pra fechar o material usado pelas duas esculturas não eram os usados na antiguidade clássica, mostrando uma evolução da criatividade do homem, perante o material, forma, dimensão.

domingo, 3 de outubro de 2010

The Brazil series - Bob Dylan

Bob Dylan, in "Brasil Series" 
Para os fãs mais ardorosos não é novidade. O músico Bob Dylan também pinta e tem até um livro publicado com suas obras (feitas entre 1989 e 1992). As telas pintadas a lápis, caneta e carvão já lhe renderam uma exposição no Museu de Chemnitz, na Alemanha, e na Halcyon, em Londres. 
Neste ano, uma nova mostra está sendo realizada na National Gallery, em Copenhagem, na Dinamarca, onde o músico expõe, pela primeira vez, as telas da "Brazil Series", inspiradas em suas turnês pelo país. 

"Existe uma parte na América do Sul onde não se fala espanhol, fala-se português. É um país adorável, com 184 milhões de habitantes vivendo lá. É o gigante da América Latina. Esse país ocupa quase metade do continente. Acredito que seja maior do que os Estados Unidos. Seu lema é 'ordem e progresso'. É onde você encontra São Paulo e Rio de Janeiro, dois dos lugares com as melhores festas que conheço. Estou falando do Brasil."
Mas foi a partir de 1994 que investiu mais nesta área, quando publicou um livro com algumas de suas obras, dando origem, assim a mostra na Alemanha, muito elogiada pelos críticos, que realçaram a influência do impressionismo francês em seu trabalho. 


Não é mera coincidência que na National Gallery de Copenhagem haja tantas obras do francês Henri Mattisse. Segundo o curador Kasper Monrad este foi um dos fatores que motivou a exposição de Dylan. Na página da Internet da National Gallery lê-se a seguinte exaltação sobre 
o “fenomenal poder de observação do artista, que usa as suas imagens para nos contar histórias do quotidiano e de violenta intensidade”. 
Foi nos anos 60 que o cantor e compositor americano começou a exibir seus dotes artísticos, quando ilustrou algumas capas de seus discos, como "Self Portrait", "Planet Waves" e "Music from Big Pink" (do grupo The Band) (abaixo): 
Dylan selecionou 40 telas para a exposição, que vai até o dia 30 de janeiro de 2011. 
A favela Villa Broncos, um dos temas do Brasil pintados por Bob Dylan 
"Trains Tracks" 
"Bahia" 
Um livro no formato grande, com 192 páginas foi produzido para complementar a mostra, e encontra-se disponível para aquisição no site de Dylan e no da livraria Amazon.



Créditos:http://infinitoparticulardalva.blogspot.com/2010/09/bob-dylan-in-brasil-series.html

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ron Mueck - hiper realista

Ron Mueck (Melbourne, 1958) é um escultor australiano hiperrealista que trabalha na Grã-Bretanha.
Este escultor utiliza efeitos especiais cinematográficos para criar obras de arte. São incrivelmente realistas e se não fosse o tamanho de suas esculturas certamente seriam fáceis de serem confundidas com pessoas.
No início de carreira, foi fabricante de marionetas e modelos para a televisão e filmes infantis, nomeadamente no filme Labyrinth.
Mueck criou a sua própria companhia em Londres, trabalhando para a indústria de publicidade. Embora altamente detalhados, estes adereços eram geralmente projetados para serem fotografados de um ângulo específico. Mueck cada vez mais queria produzir esculturas realistas.
Em 1996, Mueck, colaborou com a sua sogra, Paula Rego, para a produção de pequenas figuras como parte de um quadro que ela estava mostrando na Hayward Gallery. Rego apresentou-o a Charles Saatchi, que foi imediatamente impressionado.
As suas esculturas reproduzem fielmente os detalhes do corpo humano, mas joga com escala para produzir desconcertantemente imagens visuais. Com cinco metros de altura, a escultura Boy 1999 foi exposta na Bienal de Veneza.
Obras Selecionadas
  • Dead Dad (1996-97)
  • Pinocchio (1996)
  • Angel (1997)
  • Ghost (1998)
  • Boy (2000)
  • Man in Blankets (2000)
  • Old Woman in Bed (2000)
  • Baby (2000)
  • Untitled (Big Man) (2000)
  • Seated Woman (2000)
  • Mask II (2001-2)
  • Mother and Child (2002)
  • Man in a Boat (2002)
  • Pregnant Woman (2002)
  • Swaddled Baby (2002)
  • Wild Man (2005)
  • Spooning Couple (2005)
  • In Bed (2005)
  • Mask III (2005)
  • Two Women (2005)
  • Mask Self Portrait(2007)
algumas das esculturas

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

TEORIA ARISTOTÉLICA DA BELEZA

Teoria aristotélica da beleza
A beleza como harmonia e proporção
A definição aristotélica da beleza foi dada de passagem no capítulo VII da poética.
Segundo ele,
“A Beleza- seja de um ser vivo, seja a de qualquer coisa que se componha de partes – não só deve ter estas partes ordenadas mas também uma grandeza que obedeça a certas condições”
Aristóteles parece ter pressentido que a Beleza incluía bárias outras categorias além do Belo.
As características essenciais da Beleza seriam a ordem, ou harmonia, assim como a grandeza. Mas, influenciado pelo conceito grego de Beleza, Aristóteles se preocupa com a medida e a proporção, e é por isso que se refere à grandeza que obedece.
Para ele o Belo consiste na grandeza e na ordem, um ser pequeno não é considerado belo, pois a visão é confusa quando se olha por tempo quase imperceptível; e também o enorme não seria belo porque faltaria visão de conjunto, escapando da visão dos espectadores.
Para ele, o mundo, vindo do caos, passou a ser regido por uma harmonia. Esta concepção do mundo e da vida como uma luta entre a harmonia desejada e os destroços do caos ainda aqui existentes é fundamental no pensamento aristotélico.
O conflito entre a harmonia e a desordem
Para Aristóteles a desordem e a feiúra são elementos que  estimulam a criação da Beleza, através da Arte.
Isso faz da Beleza uma propriedade do objeto, propriedade particular sua, e não receberia como que por empréstimo de uma luz superior, como queria Platão.
“A Comédia é, como dissemos uma imitação de homens inferiores; não, todavia, quanto a toda espécie de vícios, mas só quanto àquela parte do torpe que é risível. O risível é apenas certa desarmonia, certa feiúra comum e inocente; que bem o demonstra, por exemplo, a mascara cômica, que sendo feita e disforme, não tem expressão de dor”.
O feio é encarado como uma desarmonia, porém expressamente incluído no campo da estética.
Aspecto subjetivo da Beleza
As repercussões que a Beleza desencadeia no espírito do contemplador são aprazíveis, a Beleza é o objeto que agrada AP sujeito pelo simples fato de ser apreendido e fruído.
Na retórica, chega a conclusão que o prazer estético decorre da simples apreensão do sujeito, gratuita e sem esforço, do objeto, pelo espírito do sujeito.
Aristóteles se difere de Platão também no fato de que ele procurou encarar a Beleza em todas suas relações ao mesmo tempo e Platão e os platônicos, com os olhos fixos, viram a beleza das coisas corpóreas, somente como cópia e/ou sombras da Beleza divina. Aristóteles difere também de Platão quando afirma que a Beleza ser a representação superior do sensível  e não como a reprodução imperfeita do Absoluto.
Pontos fundamentais do pensamento aristotélico
A beleza é uma propriedade do objeto e consiste, principalmente quando aparece como Belo, na harmonia das partes de um todo que possua grandeza e medida. As três características principais da beleza são, portanto harmonia, grandeza e proporção. A fórmula que traça as fronteiras da Beleza é a “unidade na variedade” a comédia é considerada por ele como uma Arte do feio, mas mesmo assim a considera no campo estético.
Resumindo por Aristóteles, o espírito, ao ser movido pela Beleza, normalmente se põe a refletir sobre aquilo que viu e lhe causou prazer.  A Arte é, mais, um depoimento do mundo, contido numa outra realidade, transfigurada.
Raíssa Paixão Bartoli Silva

TABELA DE SEGMENTOS CLÁSSICOS

Formas
Cores
Configuração
Texturas
Materias
Normas
Temas
Decágono regular
Branco
Dórica
Mosaico
Mármore
Harmonia
Deuses
Circulo
Preto
Jônica
Afresco
Pedra-sabão
Simplicidade
Atletas
Semi-circulo
Vermelho
Coríntia
Tecidos (drapeados, pregas, amarrações)
Marfim
Realismo
Homens e mulheres idealizados
Retângulo de ouro
Roxo
Limites

Linho
Clareza
Homens nús

Ouro
Simetria

Ouro
Proporção áurea


Amarelo
Linearidade





Marrom























Raíssa Paixão Bartoli Silva
Fernanda Bueno